sábado, 8 de fevereiro de 2014

Melasma

A cor da pele humana normal é influenciada principalmente pela produção de melanina, um pigmento castanho denso, de alto peso molecular, o qual assume o aspecto enegrecido, quanto mais concentrado.
Clinicamente, o melasma caracteriza-se por manchas acastanhadas, localizadas preferencialmente na face, embora possa acometer também região cervical, torácica anterior e membros superiores. Mulheres em período fértil e de fototipos intermediários representam as
populações com maior incidência.
Acometem ambos os sexos e todas as raças, porém favorece fotótipos intermediários e indivíduos de origem oriental ou hispânica que habitam áreas tropicais. E mais comum em mulheres adultas em idade fértil, podendo, porém, iniciar-se pós-menopausa. A idade de  aparecimento situa-se entre 30-55 anos e o sexo masculino representa apenas 10% dos casos. 
Grande parte de sua fisiopatogenia permanece desconhecida, havendo relação com fatores  genéticos, hormonais, uso de medicamentos, cosméticos, endocrinopatias e fotoexposição.  A hiperpigmentação pós-inflamatória é comum em pessoas de pele mais escura e é mais
relacionada com a natureza da agressão do que com o grau da inflamação prévia; é mais  intensa após algumas condições tais como queimaduras térmicas, e mais leve após outras. Há  um aumento de melanina na epiderme, mas também pode haver grãos de melanina em macrófagos na derme. Não se sabe exatamente a causa, mas parece que substâncias liberadas no processo inflamatório estimulam os melanócitos. A hiperpigmentação pós-inflamatória pode persistir por meses a anos.
Na maioria das vezes, melasmas são vistos apenas sob ponto de vista estético. Porém, podem impactar também na vida social, familiar e profissional dos indivíduos acometidos, provocando efeitos psicológicos de grande impacto.
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Síntese da Melanina
A melanina é o principal pigmento biológico envolvido na pigmentação cutânea, sendo determinante das diferenças na coloração da pele. Tal pigmento é também o principal mecanismo de defesa da pele contra a radiação UV, promovendo um espessamento da camada
córnea na tentativa de impermeabilizar e proteger à pele e o DNA dos queratinócitos contra a radiação ultravioleta.
O processo bioquímico de produção de melanina ocorre dentro dos melanossomas nos melanócitos. Nos melanossomas a tirosina (um aminoácido produzido pela tireóide), sofre a ação da tirosinase (enzima que reage com a tirosina na presença de oxigênio) e forma outras
substâncias: dopa e dopaquinona, dopacromos e finalmente o composto tirosina-melanina. O composto tirosina-melanina combina-se com proteínas dando origem às melanoproteínas e finalmente a melanina, que é armazenada nos melanossomos.
A melanina é composta por dois pigmentos: a eumelanina (pigmento marrom) e feomelaninas que são compostos amarelo-avermelhados. O pH melanossômico provavelmente está envolvido no controle da atividade da tirosinase. A melanogênese é uma síntese bioquímica regulada por enzimas, tais como a Tirosinase, e por proteínas de membrana, como a TRP1 (proteína 1 relacionada à tirosinase) e a TRP2 (proteína 2 relacionada à tirosinase) que são encontradas apenas nos eumelanossomos. O processo inicial da cadeia enzimática é a oxidação da tirosina pela tirosinase. A partir daí, a presença de cisteína leva à formação de Feomelanina e sua ausência determina o rumo da
reação para síntese de Eumelanina.

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Figura 4 : Síntese da melanina

Fonte: Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962009000600008 acesso em 08. fev. 2014.

Fonte: Disponivel em http://www.pharmaspecial.com.br/imagens/literaturas/Lit_TGP-2_PEPTIDEO acesso em 08. fev 2014

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